Assim que ele chegou, ela já foi mandando-o entrar e sentar-se em uma poltrona que ele achou super confortável.
Ela pegou uma cadeira e sentou-se em frente a ele, e olhando-o nos olhos, perguntou:
-Podemos começar?
Ele respondeu um tímido sim.
-Okay. Então, vamos começar com o seguinte: eu quero que você me fale tudo o que está acontecendo com você, não precisa ter medo ou vergonha de nada. Afinal,nós somos amigos, certo?
Ele hesitou por um instante.
-Kurai? Posso contar com você?
-S-sim. A-acho que s-sim.
-Tudo bem. Pode começar.
-...
Houve outra hesitação da parte dele e, nesse momento, ela percebeu que não seria tão fácil fazê-lo falar. Por isso resolveu optar por outra estratégia.
-Vamos fazer um pouquinho diferente? Será assim: eu começo falando pra você um pouquinho sobre mim, e depois você me fala de você. tá okay?
Ele apenas balançou a cabeça afirmativamente.
-Tá bom então.
E ela contou-lhe sobre sua vida, seus estudos, sobre como conheceu o esposo, contou-lhe sobre seus filhos, e perguntou novamente:
-Sua vez. Está pronto?
Ele pensou por um instante, que para ela pareceu uma eternidade, e enfim disse:
-Posso perguntar só mais uma coisa?
-Claro que pode meu anjo.
-Por que você quer tanto saber sobre minha vida? Você não tem medo do que pode descobrir? E se você me pede tanto para não ter medo, falar tudo, ser sincero, por que você não foi sincera quando me falou da sua vida?
Nesse momento seu sangue gelou. Ela se perguntou quem era aquele garoto de 15 anos que estava sentado na sua frente.
E percebendo seu espanto, Kurai aproveitou o momento para dizer:
-Vocês pensam que podem entender o que acontece comigo, mas não podem. Não adianta me levarem a novos especialistas a cada vez que eu surpreendê-los. Eu sou assim e ponto, não adianta tentar mudar isso. E a cada vez que vocês tentam me ajudar, acabam me atrapalhando mais ainda. Ninguém pode me ajudar. Nem eu mesmo posso controlar isso. O que faz vocês pensarem que podem mudar essa situação?
Em toda a sua carreira profissional, essa era a primeira vez que Katherine se sentiu fraca, sem esperanças em relação ao problema de alguém.
-Kurai... Me desculpe... Eu...
-Pare de se desculpar!! -Gritou o garoto -Você é apenas mais uma que tentou solucionar este mistério. E não será a última... Infelizmente..
E após dizer essas palavras, ele saiu daquela sala, sem rumo... Apenas com o pensamento de aquecer a própria alma, naquela noite fria de inverno, de mais um natal frio e solitário, de sua jornada.
Ela pegou uma cadeira e sentou-se em frente a ele, e olhando-o nos olhos, perguntou:
-Podemos começar?
Ele respondeu um tímido sim.
-Okay. Então, vamos começar com o seguinte: eu quero que você me fale tudo o que está acontecendo com você, não precisa ter medo ou vergonha de nada. Afinal,nós somos amigos, certo?
Ele hesitou por um instante.
-Kurai? Posso contar com você?
-S-sim. A-acho que s-sim.
-Tudo bem. Pode começar.
-...
Houve outra hesitação da parte dele e, nesse momento, ela percebeu que não seria tão fácil fazê-lo falar. Por isso resolveu optar por outra estratégia.
-Vamos fazer um pouquinho diferente? Será assim: eu começo falando pra você um pouquinho sobre mim, e depois você me fala de você. tá okay?
Ele apenas balançou a cabeça afirmativamente.
-Tá bom então.
E ela contou-lhe sobre sua vida, seus estudos, sobre como conheceu o esposo, contou-lhe sobre seus filhos, e perguntou novamente:
-Sua vez. Está pronto?
Ele pensou por um instante, que para ela pareceu uma eternidade, e enfim disse:
-Posso perguntar só mais uma coisa?
-Claro que pode meu anjo.
-Por que você quer tanto saber sobre minha vida? Você não tem medo do que pode descobrir? E se você me pede tanto para não ter medo, falar tudo, ser sincero, por que você não foi sincera quando me falou da sua vida?
Nesse momento seu sangue gelou. Ela se perguntou quem era aquele garoto de 15 anos que estava sentado na sua frente.
E percebendo seu espanto, Kurai aproveitou o momento para dizer:
-Vocês pensam que podem entender o que acontece comigo, mas não podem. Não adianta me levarem a novos especialistas a cada vez que eu surpreendê-los. Eu sou assim e ponto, não adianta tentar mudar isso. E a cada vez que vocês tentam me ajudar, acabam me atrapalhando mais ainda. Ninguém pode me ajudar. Nem eu mesmo posso controlar isso. O que faz vocês pensarem que podem mudar essa situação?
Em toda a sua carreira profissional, essa era a primeira vez que Katherine se sentiu fraca, sem esperanças em relação ao problema de alguém.
-Kurai... Me desculpe... Eu...
-Pare de se desculpar!! -Gritou o garoto -Você é apenas mais uma que tentou solucionar este mistério. E não será a última... Infelizmente..
E após dizer essas palavras, ele saiu daquela sala, sem rumo... Apenas com o pensamento de aquecer a própria alma, naquela noite fria de inverno, de mais um natal frio e solitário, de sua jornada.
"Dark.